sábado, 26 de novembro de 2011

Encantos tamanhos.

Era um daqueles dias atípicos de Outono, em que o Sol entrava como rei, pela janela da sala e fazia tudo parecer melhor, mais bonito. Estávamos à mesa e, subitamente, reparei em algo que nunca me tinha chamado à atenção antes. Tinha-te olhado nos olhos inúmeras vezes, em tantos e tão diversos contextos, mas ali, onde o Sol brilhava como dono e senhor do espaço, os teus olhos arrebataram-me como nunca o fizeram. Variavam entre o castanho e o mel, abriam-se numa paleta de cores desconhecida enquanto rias da parvoíce que acabara de sair da minha boca. E eu, pasmada, olhava-os, descobrindo algo de maravilhosamente oculto e novo em ti. Disfarcei, afinal não queria que percebesses o quanto (ainda) me fascinas mas não sei se fui capaz. Era demasiado intensa aquela conjugação de tons mogno e de pupilas redondas, incendiadas pela luz. Era avassaladoramente estonteante para um pobre coração que se voltara a apaixonar na noite anterior, na escuridão dissimulada da madrugada.

4 comentários:

P! disse...

ainda bem, porque o feito estava a tornar-se insuportavel xD

Anónimo disse...

uau, lindíssimo. Incrível a força de um olhar não é? Então se acompanhado de um sorriso bem rasgado, adquire um brilho esplendoroso... É tão belo, tão magnifico, que temos medo de ficar com aquele sorriso meio tonto de quem está a ver o seu mundo, ali, bem à sua frente. Mas haverá coisa melhor que estar apaixonado? (:

JL disse...

re-apaixonada, quem não?

MJ. disse...

Gostei :)

http://arriscapetisca.blogspot.com/