domingo, 6 de novembro de 2011

Animus.

Talvez, cá dentro, eu seja um gato.
Esta frase surgiu-me ao encontrar uma imagem que me fez perceber isso mesmo. Talvez eu seja mesmo um gato, no que toca a características do dentro. A capacidade de me aninhar é-me inerente e vitalícia, há poucas coisas que faça tão bem como isso. Da mesma forma que observo, com olhos de gato, tudo o que me rodeia e leio o Universo como quem descobre e lhe ganha o tacto. Talvez eu seja nada mais nada menos que um gato matreiro, demasiado independente mas, na mesma proporção, demasiado carente para não pedir colo e aninhar-me, como só os gatos sabem fazer. Murmurar como quem ronrona e fixar como quem vê.