domingo, 24 de junho de 2007


As pedras da calçada já se calaram. Finalmente perceberam que a solidão com que me arrasto por estes caminhos é um grão de areia. Um grão que pertence à praia de dor que trago nos olhos.
Sempre me elogiaram o verde dos olhos. Um verde tão verde que nem verde era, diziam eles. Eu encolhia os ombros e sorria, condescendente. Era o verde destes meus olhos que suplicava às pedras gastas que se calassem. Que fossem simples amparo para as minhas quedas e caminho para os meus pés.

Hoje, hoje elas calaram-se e eu... Eu caí para não mais me levantar.




[Texto que andava por aqui perdido.]

8 comentários:

zetrolha disse...

Um balbuciar de pensamentos vagos,qual Pedro Abrunhosa!Mas até que dava uma música para o genérico de uma novela da TVI.

zetrolha disse...

Não era Tvi,mas sim Globo...quando me esqueço de tomar a medicação,digo estes disparates.

zetrolha disse...

eliminei os teus comentários...insulta-me outra vez!Mas agora na te enganes.

Monica disse...

Ainda bem que se encontrou...o texto!! xD

Está sofrido e bonito ao mesmo tempo. :)

beijinho**

Catarina disse...

E que texto...! Vê lá se continuas a desencantar textos assim! ;)Beijinhos*

Sílvia Lopes disse...

Concordo plenamente com os comments da monica e da catarina!

beijinho***

Indisponível disse...

Realmente, procura mais vezes e pode ser que encontres mais textos assim..perdidos :)
Gostei*

Anónimo disse...

Como diz a Mónica, o texto estava perdido mas ainda bem que foi encontrado!
Digamos que é assim uma perdição de texto de tão bonito que está!

Bjnhos #