domingo, 26 de novembro de 2006

Não deixes...


Sentir tudo ao mesmo tempo. Dia-a-dia nos últimos tempos. Sonhar e sofrer desilusões. Construir novos castelos mesmo duvidando da firmeza dos alicerces.

Nunca fui de ter medos e agora tenho-os. Não sei especificar o dia, a hora, o minuto em que eles nasceram. Secalhar sempre existiram mas só agora me assombraram. Não sei quem os despertou, se é que eles estavam adormecidos, mas gostava que não o voltasse a fazer. Viver com medos não é meu. É peça que não me pertence, que não quero que encaixe.

E se a minha vontade não for nada? Se esses medos começarem a encaixar?

Não deixes. Leva-me os medos. Leva-me as dúvidas. Leva-me as inseguranças. Leva-me contigo e não me deixes cair. Porque por mais vezes que eu bata com a cabeça no chão, eu teimo em não aprender.


*

2 comentários:

Monica disse...

Se não há medo não há coragem!!


Últimamente assomam muio a minha vida tb, os medos!!

bjs***

C disse...

ao ler o que escreveste lembrei-me de uma música da mafalda veiga:
Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá

Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter

Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti

um beijinho*