quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

É um problema de expressão?


Há dias em que toda eu sou queixume. Reclamo, bato o pé, cruzo os braços e insisto em não sair do mesmo sítio, por pura teimosia. Choro de insatisfação e de falta de compressão. Lágrimas amargas que me pontuam a boca de um travo que não quero. E isto faz algum sentido? Não. Digo-vos que não, eu, a mesma que faz estas cenas de envergonhar as pedras da calçada. Faz algum sentido perder-se tempo com insatisfações que em nada se prendem connosco? Talvez seja um raciocínio estúpido de tão pouco elaborado. E não, não vou enfeitá-lo com retóricas e figuras de estilo para que soe melhor. A verdade é que a vida passa-me ao lado porque eu deixo. A vida não me magoa. Eu é que escolho remexer em pedaços de vidro partido que há muito foram absorvidos pelas entranhas da dor. Já chega. Houve um processo de reciclagem e algo tem que sair daqui. Algo de bom, espera-se. E a pergunta que se impõe é:


o que é que eu já fiz hoje para ser mais feliz?

5 comentários:

Abby Richter disse...

eu sou como tu.. tb choro de barriga cheia! :/

qel disse...

nariz empinado e cabeça erguida SEMPRE!
«A vida não me magoa. Eu é que escolho remexer em pedaços de vidro partido que há muito foram absorvidos pelas entranhas da dor».
lindo, lindo! *

disse...

somos parecidas, tantooo!

Laura Ferreira disse...

Hmmm. Também eu...

Anónimo disse...

Boa pergunta!
a) flordocardo