domingo, 20 de janeiro de 2008

Conversa com o coração..


No fundo sabes tão bem como eu que não precisas de me contar nada disto. Que todos os medos porque passaste fui eu que os filtrei, que os senti, que os vivi e temi, de mão dada contigo na solidão que nos assolou. Era no local onde moro que doía, alí, bem no centro do peito. Era eu que chorava soluçando e tu apenas um meio de exteriorizar o medo que eu sentia. Desculpa se não me soube proteger. Desculpa se não soube proteger-te quando me entreguei demais. Sabes que somos mesmo assim, eu e tu. Irracionais, sem medos e sem respostas. Vamos porque sim, porque não sabemos viver na dúvida. Pensei (como tu também pensaste) que não conseguirias voltar a ser o que eras. Uma parte de ti falhava e não sabias como recuperá-la. Como a peça estragada de um relógio que impedia que as horas tocassem certas, assim eramos tu e eu. O teu coração que batia descompassado e com medo de que ele te tivesse roubado o cheiro da tua própria pele. Aos poucos soubemos habituar-nos à ausência e começaste a olhar o espelho com os dois olhos, reconhecendo-te nele. Sempre soubeste ser feliz nas pequenas coisas, porque é que agora haveria de ser diferente? O sorriso voltou, a essência também. E eu voltei a bater coordenado com o tic-tac do relógio. Eu sei, eu sei que pensaste em não voltar a deixar-me sentir. Desculpa se te enganei também aí, se te fiz acreditar que realmente conseguirias calar a voz daquele que sempre te falou mais alto, mas foi necessário. Teve que ser assim senão nunca me deixarias abrir portas ao que te faz feliz agora. Nunca fui muito bom com as palavras e sempre conversámos em silêncio. Sempre te segredei as coisas importantes para que pensasses nelas com a ternura de um sussuro. E hoje somos felizes outra vez, mesmo depois dos medos que nos fizeram duvidar. Somos felizes nas pequenas grandes coisas. Nos sorrisos, no frio que te gela o corpo enquanto eu me mantenho bem quente porque ele está perto. Porque vê-lo sorrir nos faz sorrir e perceber que aquilo basta. Posso contar-te um segredo? Tenho medo da estrada que se aproxima mas ouvi-o prometer que caminhava contigo... Confia, sim? Por ti, por mim, por nós.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ai ai... Era menina p casar ctg! Lol. E ja agr, coiso... Estudar processos, parece q faltam 9h.

Love uuu, rareza minha! =)***

NiNi disse...

É preciso armar aqui uma guerra? A coisinha grande casa é comigo, está bem? =P

beijoooooooooooo*

GOSTO-TE***

Monica disse...

Eu venho em paz, não vou propor casamento xD

Mas posso dizer que isto foi um belo momento de escrita. E que é melhor então ouvir-se o coração, não custa nada e costuma resultar. :)

beijinho*

Luis disse...

Destróis-me enquanto pessoa.
=)

Bruno disse...

=)

Anónimo disse...

ai ai menina