segunda-feira, 26 de março de 2007



Dás-me a mão e dizes que queres descobrir o mundo, sem medos nem fantasmas. Confias em mim porque nunca te desamparei. Olho para ti com orgulho porque cresceste tanto, tanto... Sempre pude acompanhar-te e caminhar contigo. Não deixavas que me afastasse do caminho que julgava ser teu, para mais tarde descobrir que era nosso. De todas as vezes que esfolaste o joelho procuraste o meu colo para chorar com lágrimas grossas, que te escorriam pela face e se perdiam no sangue quente que te aterrorizava. Mais tarde, quando descobriste que existem outras formas de fazer doer, continuaste a procurar-me. Dizias que tinha "pensos rápidos" para a alma. Sorria só por te ver sorrir porque saber-te feliz bastava-me para, também eu, ser feliz. Sabia que não te podia ensinar a viver, que tinha que te deixar cair, que mesmo que me sentisses perto e confiasses havia buracos na estrada dos quais nem eu suspeitava. Nunca me culpaste por isso. Sabias que era assim, cair fazia parte da dor que é viver. Ser feliz também fazia. E tu eras feliz, meu amor... Tão feliz.

5 comentários:

Monica disse...

Há coisas que nos cabem na alma de forma tão perfeita. A tua escrita é assim. Como luvas de seda para não magoar o coração. E devem fazer bem a tanta gente. Acredito piamente.:)

A mim, que enquanto não me regressa a inspiração, te vou lendo, faz bem de certeza.

beijinho**

Anónimo disse...

=)
Nem tenho palavras para descrever o que senti ao ler isto!

Bjnho *

Anónimo disse...

=)
Nem tenho palavras para descrever o que senti ao ler isto!

Bjnho *

Sílvia Lopes disse...

lindo mm adorei =) concordo com a Mónica, a tua escrita faz bem e cabe na alma de uma forma perfeita ;)

Beijinho***

... disse...

Avassalador. Dps d um dia como o d hj só msm um texto como este.
:)
Ahh já agora, tens aí à mão algum 'penso rápido' para a alma?

beijinho***