Fui sentar-me no jardim, no banco de sempre. Podes perguntar-lhe a minha vida, ele conhece-a, ou pelo menos conhece aquilo que com ele partilho, em cada tarde.
Vê-me chegar, todos os dias. A mesma pose, os mesmos olhos vazios, o mesmo livro. Viaja comigo naquela história sabida de cor, porque todas as tardes é assim. Há quem lhe chame rotina... Para mim tornou-se vida, dia-a-dia. No primeiro dia de sol, vê-me chegar. Percebe as diferenças, de ano para ano, mas nada disso o incomoda. Oferece-me o conforto do seu colo de madeira vermelha, quente, aceitando-me assim, sem se importar com os defeitos que o tempo gastou. Também ele já perdeu camadas de tinta, deixando adivinhar um coração de pinho maltratado pela chuva e pelo vento. Mesmo assim, é ele a escolha dela.
Sempre ela, a mesma mulher; sempre ele, o mesmo banco. Companheiros de uma vida, vendo o tempo correr, de mãos dadas com a história de amor que ela carrega, nas páginas amarelecidas, e no peito.
5 comentários:
Para mim, o verdadeiro amor, não é amar uma pessoa cm s ela fosse perfeita, mas aceita-la cm ela é... gostei mto do teu texto! Tem uma mensagem mto positiva. É incrivel cm as vzs podemos amar coisas tão simples k aos olhos dos otos são tão insignificantes, e ainda bem k sentimos todos de forma diferente...lindo!!!
bj***
Este texto está perfeito para o momento em que o estou a ler. Só porque existem de facto, bancos de jardim, que mais companhia fazem que determinadas pessoas. Existem coisas, objectos, que ganham a mesma importância para nós, que uma palavra amiga. Somos assim. Estranhos.
O texto..é a tua marca!! :)
beijinho***
Gostei mto. Está implícita uma mensagem mto positiva.
"As mais lindas coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas mas sim sentidas pelo coração."
O tua escrita é assim. Encantadora. Por vezes, a roçar a perfeição. E eu gosto, e por isso mesmo, vou continuar a passar cá..e a comentar.
:D
bjo*
Há lugares que nos marcam ainda mais que certas pessoas... e nem sempre nos damos conta disso!
Parece que contam um pouco da nossa história, que sabem os nossos segredos...! Tal como um amigo: ouve-nos quando é preciso, muitas vezes sem nada dizer!
Bjo*
Muito melhor!
Fábio Gimbra
Enviar um comentário