segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007


Hoje pensei muito nos meus amigos. Em todos eles, mas principalmente naqueles sem os quais eu duvido que sobrevivesse.

A Mariana, por exemplo. Vocês não conhecem a Mariana mas digo-vos, não vivia sem ela. A Mariana tem a melhor gargalhada do universo. Ri de uma maneira contagiante e é impossível não ficar feliz na presença dela. É a pessoa mais dramática que conheço. É das poucas pessoas que sabe como me aborrecer à séria. A Mariana já gritou comigo, brigou comigo, chorou comigo, riu comigo. Disse as palavras doces na alturas certas e as palavras amargas nas alturas, também elas, certas. Já me trocou as voltas, já disse que não me compreendia quando me sabe ler como um livro aberto. Já me fez chorar e já me fez feliz. Ninguém me enlouquece como ela, porque nos enlouquecemos mutuamente. No fundo, isto resume-se tudo em amor. Porque eu amo a Mariana.
Assim como amo a Lena. A Lena esteve sempre lá. Em todos os momentos da minha adolescência, ela esteve. Posso rebuscar onde quiser, ela está. Impressionante. Normalmente, uma pessoa tão presente, deveria cansar. A Lena não. Ela sabe ficar em silêncio comigo, sabe falar quando é preciso. Liga-me de madrugada e mesmo que eu esteja a morrer de sono, conversamos três horas, no mínimo. Porque a Lena é assim. Outra das que eu amo, de todo o coração.

A Margarida. Vocês também não conhecem a Margarida. É a míuda mais bonita que conheci, nos meus curtos anos de vida. E quando a conhecem e me dizem "A Margarida é mesmo gira!", eu respondo "Pois é!A Margarida é linda!". O que eles não sabem é que eu conheço a melhor beleza da Margarida, a interior. A Margarida é doce como só ela. Singela, pura, divertida. O impossível é não gostar. Cativa-me todos os dias, de maneira especial. Dá-me as alcunhas mais loucas e partilha comigo quase 10 anos de amizade.

Aliás, partilham as três.
Ao fim de quase dez anos de amizade, de convivência diária, deixámo-nos disso. Não porque quisemos, mas porque a vida assim o quis. Não vou poder voltar a entrar na escola e encarar logo com uma delas. Sorrir daquela maneira, sem ser preciso dizer mais nada porque elas adivinhavam o porquê do meu sorriso. Uma cumplicidade de todos os dias.

Não nos cruzamos diariamente, é verdade, mas a cumplicidade diária está lá. Posso passar uma semana sem as ver, mas quando nos reencontramos, está tudo igual, como deixámos.

Porque amor é isto.

Alguém tem a coragem de me dizer que não se podem amar os amigos ?

3 comentários:

Monica disse...

E assim sim, que se amam os amigos. Sim, amam-se mesmo os amigos, como se fossem bocados de nós. Eu amo assim os meus.

E uma coisa é certa, ter-te como amiga e mesmo que não conheça de ti ainda muito, deve ser muitoo bom. Só pode. :)

beijinhoo**

o alquimista disse...

Não ouso...!

Nesta noite cai do céu a magia em gotas de diamante...cada gota aprisiona um querer, um sortilégio de luz...

Doce beijo

C disse...

só posso corroborar contigo!
gosto-te!*