quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Dois caminhos.


Ela tinha uma dor. Uma dor que não percebia de onde vinha, uma dor sem nome. Uma dor que existia, apesar de desconhecida. Uma dor que doía.


Ela tinha dois caminhos. Tinha chegado a uma encruzilhada e era obrigada a escolher. Dois caminhos tão diferentes. Ela gostava dos dois, não queria optar.


Num dos caminhos, ele chegava com tudo o que ela esperava receber. Nesse caminho, tudo o que ela queria, ele tinha para dar. Ele não a amava, mas queria amá-la um dia. Cada vez que ele respirava perto dela, a sua pele reagia. Era como se aquele ar a dilatasse. Como se tivesse o poder de a mexer por dentro. E isso era bom. Ela não sabia se era suficiente, mas era bom.


O outro caminho... O outro caminho eram dúvidas. Era um gostar diferente, era um gostar a sério. E mesmo assim, dúvidas. Dúvidas e uma única certeza: era o caminho, apesar de isso não implicar que fosse um caminho feliz.


Ela tinha medo de fazer a escolha errada e, por isso mesmo, adiava escolher. Para qualquer um, a escolha seria fácil. E apesar de ela saber qual era o caminho certo, o outro era o caminho do coração.Isso doía.

2 comentários:

Monica disse...

Às vezes é assim. sabemos bem o caminho certo, de cor, sem hesitar. Mas tb sentimos o caminho que as emoções ditam. E é aí que tudo se complica, se torna mais dificil e confuso. Mas é mesmo aaí que temos que escolher. Por mais que doa. Por mais que seja uma pequena dor ( "quase como se não fosse").

Gostei do texto. Como dizer...bonito!!

beijinho**

Anónimo disse...

Sis.. a gente lá no fundo sabe.. pode n ser logo, instantâneo, m a gente sabe o caminho certo.. é aquele q nos liberta e dá Paz.. Rezo