Tenho um segredo para te contar. Um não. Muitos. Tudo aquilo que nem eu reconheço mas sei que tu és capaz de ver em mim. Conta-me, quem te concedeu esse dom? É que (não sei se sabes) mas só nos teus olhos sou assim. Só no teu querer, de bem-me-quer, as cores se desvanecem e me torno mais eu. É complicado, não é? Eu sei, não te inquietes. Sempre foi assim e já encontrei a solução. Desiste de tentar compreender, verás que é mais fácil. Não me terás menos por isso e explico-te já já porquê. Não pensarei em ti como um fraco ou um cobarde que foge à primeira dificuldade, mas sim como cavaleiro andante, do meu livro de aventuras, que chega à brilhante conclusão que o entendimento é só suficiente. Entendes-me? O suficiente é neutro, insonso, e os cheiros maternais que a cozinha me traz são os mais apetitosos, transbordantes de recordações. Passa-me essa colher de pau e deixa-me contar-te um segredo.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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4 comentários:
sabe a comida caseira da mãe :)
*
"Passa-me essa colher de pau e deixa-me contar-te um segredo."
:)
Beijinho.
Lindo. Não dispenso vir cá de vez enquando, parabéns pelo blog (:
Emily*
És boa e não há muito mais a acrescentar!
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