Chove torrencialmente e a cada trovão sinto o coração apertar-se. Lembro-me do truque que o avô me ensinou na meninice e, mal vejo o relâmpago, começo a contar. 1, 2, 3, 4, 5.. E por aí adiante. Chega o trovão e eu perco-me nos números porque há muito deixei de me preocupar com a trovoada fulminante que caí lá fora. O sr. motorista contava-me com precisão cirúrgica a hora de início do temporal e como nas zonas mais próximas do rio as noites são difíceis, pela imprudência humana. Dei por mim a pensar se não teria também eu construído tudo demasiadamente próximo do meu singelo curso de água e por isso mesmo me sentisse levada na enxurrada. O coração treme, sempre, angustiado por uma dor não sei onde, não sei porquê. Imprudência, descuido, loucura talvez. Só precisava de mais um relâmpago que rasgasse o céu de luz e me desse a oportunidade de ver, sem sombras ou artefactos.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
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4 comentários:
está lindo +.+
lindo *.*
eu gosto de ver os relâmpagos e ouvir os trovões...
não sei.
Beijinho querida
Repito:
Está lindo :)
Gosto de ver os relâmpagos e ouvir os trovões.
:D
Mais tarde ou mais cedo, passa .
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