Se fosse assim tão fácil não seria aqui que estaria, obviamente. Consegues imaginar quantas vezes já deixei de querer-te? Meu amor, faltam-me dedos no corpo para as contabilizar. A sequência de acontecimentos é repetitiva, sabendo-te eu quase de cor. Não me protejo, no sadismo doentio de quem é viciada na adrenalina. E a sensação é sempre a mesma. O êxtase a que nos elevamos, a passividade que o segue e depois nós dois, assim, longe mais uma vez até que a vida te traga até mim, ou vice-versa. Se te soubesse explicar o porquê de te querer, acredita que te contaria na inocência perdida do nosso amor primeiro. Inconsequentemente espero-te, faço em ti morada e deixas-me ficar até que nos fartemos. Até quando? Sinceramente, até quando? Num destes dias vamos parar para sentir e vamos descobrir-nos vazios um do outro, do nós que há muito morreu, de mim, de ti. Chorei-nos demasiadas vezes no chão da alma. Enterrei-nos demasiadas vezes e foram tantas mais as que nos reanimaste e devolveste ao calor dos corpos, onde juramos que não nos amamos. I cheated myself like I knew I would e, garanto-te, hoje as lágrimas que não choro são de comiseração.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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9 comentários:
andava um post na minha cabeça exactamente com esse título, mas com um conteúdo ligeiramente diferente e provavelmente com uma qualidade bastante inferior.
Está simplesmente fantastico !
Sabes, escrevi ontem um texto que foi para os rascunhos exactamente com o titulo deste :)
telepatia :p
está muito bom :)
Está fantastico mesmo +.+
Eu adoro Amy, e de facto, wow , inspirou te mesmo :p
Obrigada pleo comentario '$
que textão!
leio-te e revejo-me =(
gostei do blog (:
beijinho.
Não faças dele morada. Faz dele Casa.
Consegues imaginar quantas vezes já deixei de querer-te?
É estranho este sentimento, mas a verdade é que tanta vez aparece em "pés de lã" e tão forte que ele é...
Bom texto, muito bom, tão profundo, tão como me sentia há mais ou menos dez meses atrás.
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