sexta-feira, 6 de março de 2009


Ela não sabia explicar porquê mas sempre se lembrará de amar assim. Assim, como uma característica intrínseca, só sua. O problema é que muitos não compreendiam, não percebiam a dimensão dos cavalos que lhe galopavam no peito e transpiravam paixão. Talvez nem ela os sentissem nas verdadeiras dimensões mas o que a verdadeiramente intrigavam era ele. Ele, o centro desses afectos. Ele revolvia-lhe o que de mais íntimo queria proteger da ventania do mundo. Sentia-se exposta, praticamente núa com a partilha tão pouco corpórea que se permitiam, um ao outro. Reviam-se as almas, os sentidos, as medidas do impossível, do irreal. Sem grande compreensão da parte de um e de outro, doavam milésimas inimagináveis que nenhum sabia existir. Cresciam, mutavam-se em uníssono e empenhavam-se em estar, em ser. Ele alimentava-lhe os cavalos galopantes que balançavam no peito dela e ela... Ela amava de uma maneira que nenhum mundo entenderia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Essa série era muito boa :D (Falo claro da foto que usaste..) ^^