segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...



Florbela Espanca

4 comentários:

Anónimo disse...

Tens noção de como eu gosto e sempre gostei e nunca se me fez tanto sentido este poema?

Enervas-me!

Anónimo disse...

Ahah! Joana, por alguma motivo somos as ditas "almas gémeas" e vamos casar, ya? :p

Monica disse...

O primeito post do meu blog era nada mais nada menos que parte deste poema. Porque sim, e basta!

beijinho**

Anónimo disse...

esta mulher espanca-me a Alma