sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

22.02.2008 * 00.32h


Existem portas que têm que ser fechadas para que se abra uma janela. Tu és, sem dúvida, uma lufada de ar fresco na janela escancarada que o meu coração permitiu abrir. Não sei precisar o quando, o onde, nem o porquê... Simplesmente chegaste e fizeste-me sorrir como nunca ninguém fez. Foste pisando, pouco a pouco, deixando uma marca cada vez mais firme, mais sincera, mais essencial. Até que um dia olhei e vi-te ali, reflectido nos olhos que me fitavam no espelho. Estavas ali e fazias parte de mim, do meu reflexo. Foi por isso que me permiti a sentir o que sinto, sentindo-o cada dia mais, mesmo quando me parece impossível gostar tanto, querer tanto.

Um dia disseste-me que olhar-me nos olhos era doce. É precisamente isso que sinto... Uma doçura que nos envolve sempre que estamos juntos, como se o mundo parásse no primeiro olhar que trocamos entre sorrisos escondidos que só nós compreendemos. Uma linguagem só nossa... Dos nossos olhos, das nossas mãos, do nosso corpo, do nosso coração. Dos segredos que te conto em silêncio, da partilha entre a luz difusa da madrugada, de cada beijo que sentimos como o primeiro. Eu. Tu. Nós. Por entre todos os medos, por entre todas as certezas, é a ti que vejo quando fecho os olhos e é a ti que desejo ver quando os abro. Só porque sim, porque cruzar os meus olhos com os teus é suficiente. Tudo o resto, o que me faz feliz, o que me faz rir, o que me faz querer-te... É tanto e tão perfeito.

Posso abraçar-te em cada dia de chuva, enquanto o cheiro da terra molhada se cola ao meu cheiro, tão teu?

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um daqueles textos perfeitinhos :')