segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


Quantas vezes disseste que me amavas? Não, não o pergunto em tom de brincadeira, nem com um sorriso envergonhado nos lábios. Pensa bem... Quantas vezes me juraste que era eu a mulher da tua vida? E mesmo quando as palavras não o faziam... Quantas vezes me juraste o amor eterno nos beijos? Nos abraços? No toque? Vezes demais, meu amor... Tantas vezes que deixou de ser real. Deixei de acreditar em promessas vãs, por mais cheios que fossem os teus beijos, por mais amor que existisse neles. Eras tu. Sim, eras tu que preenchias o vazio da minha alma, que satisfazias o que ela gritava em faltava. E agora? Não nos resta nada. Os beijos sabem a frio, de quem não encontra o calor dos olhos para se aquecer. As mãos perderam-se entre linhas (des)conhecidas. Mesmo o teu nariz gelado, encostado à minha face... Não é o mesmo. Não somos iguais, não somos nós. O que nos resta? Os dois, na mesma mesa de café, e o vazio do desconhecido em cada gesto partilhado.

2 comentários:

Monica disse...

Gostei muito. Sentindo a angustia desses momentos, tendo o medo desses fins bem presente. Mas gostei. E são palavras que são mais verdade que muitas outras.

Como é que se pode prometer tudo, deixar transpirar coisas tão grandes e depois acabar-se tudo? Nunca hei-de perceber esta incoerência. Porque não faz sentido...
O amor quando é verdadeiro, não acabada assim. Se acaba, o mais provavel é terem-se enganado a chamar as coisas. Nome errado para aquilo que pensaram ser verdade.

Pronto..já chega, já divaguei xD

beijinho grande**

Indisponível disse...

Não sei se lhe damos o nome errado ou não. Sei só que dói. Dói muito ficar com a alma sem o quente de outrora...