segunda-feira, 28 de janeiro de 2008


Quando usavas palavras sérias, eu tinha medo. Notavas isso mesmo, no meu silêncio que seguia cada frase e nunca deixaste de usá-las. Uma vez disseste-me "Não sabes aquilo que sentes?" e percebi que era realmente isso... Que o não pronunciar a palavra se tinha tornado um porto seguro e eu insistia em manter o barco amarrado. Mas cada palavra tem o seu tempo certo e aquelas duas fluíram, sem eu as conseguir deter mesmo que quisesse. Não quis. Meu amor, de sorriso instalado no coração e nos lábios. Deixas-me sem reacção, sem palavras, sem gestos, de cabeça vazia. Deixas-me de lágrimas nos olhos e gostas de o fazer porque sabes que são de alegrias contidas. Carregas os meus medos e os teus e tens as certezas do mundo aí, nos olhos brilhantes que me fitam enquanto o mundo à volta pára porque estamos ali, ao frio, juntos. "Fazes tudo valer a pena". Não conheço esse tudo mas quero que me mostres, numa simples folha de papel que guardo como o segredo da vida eterna, ou na pergunta sussurada que me abala cada alicerce da alma por te ouvir tão presente... "És minha?".

2 comentários:

Bruno disse...

Rocha... O q é isso d fazeres chorar as pessoas a estas horas?
Isso n se faz!
Guardo-te =) Bjo*

Indisponível disse...

LINDO!

Entregar a alma a alguém, de livre e espontânea vontade é maravilhoso. Acarinhar, aquecer e cuidar da alma de alguém é ainda melhor. A felicidade faz-nos bem (:

Um Beijinho*