Estás sentado em frente ao livros. Abertos, sublinhados, confusos. Olhas mas não vês e sabes que, mesmo que inconscientemente, esperas que o telefone toque. Que recebas uma mensagem. Que ela dê sinais de vida. Decidiste seguir em frente mas deixaste uma parte de ti com ela que não soubeste recuperar e que agora te mantêm assim, expectante. Já esqueceste o beijo, o abraço, o cheiro, a doçura, os olhos dela... Já a esqueceste mas essa parte de ti, a que ainda sente falta, corta-te em dois e não te deixa raciocinar. Tens a mente toldada, como uma noite chuvosa de inverno. Se o capítulo tem um ponto final porque é que insistes em manter o livro aberto? Ela foi, quiseste que ela fosse e deixaste-a ir.
* Um passeio pelos blogs inspirou-me para isto. Há sempre dificuldades em colocar pontos finais em histórias (que parecem) únicas.
2 comentários:
Todos nós temos uma besta para matar.
E há-que certificar que ela está bem morta,porque de vez em quando dá sinais de vida,sacripanta da morinbunda!
Mas nucna podemos deixar que isso afecte o nosso bem estar,somos mais importantes que isso.
Beijão enorme.
Deixei-a ir...
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