domingo, 10 de dezembro de 2006


Quando era pequenina e me feria, automaticamente metia o dedo na boca, na tentativa de estancar o sangue e curar a ferida.

Esse instinto faz-me falta agora. Abriste uma ferida que teima em não sarar. Vens, abres e vais. Eu deixo, de todas as vezes que acontece. Depois, lambo a ferida tentando fechá-la e rezo para que cicatrize.

Nunca acontece. Quando eu acho que sim, que desta é que é, que o único que vai ficar vísivel é uma cicatriz, tu vens e começa tudo de novo. Volta a doer como da primeira vez, volta a sangrar, voltas a magoar-me.

E eu deixo. Deixo porque vivo na esperança que um dia a ferida vai fechar completamente. Porque um dia tu vais perceber quantas vezes abriste esta ferida, vais abraçar-me, embalar-me no teu colo e, milagrosamente, ela vai sarar.

6 comentários:

Monica disse...

Maravilhoso. Não sei porquê nem porque não. Mas para mim está maravilhoso. Gostei muito a sério. Parabéns.


beijinho***

Anónimo disse...

pra variar, fikei sem palavras... nem sei com o k atrofiar! =P

jitu e padrõeszinhos po espaço****

... disse...

Ana, q texto liindo!a parte final do post está demais...q ternura...
bjo
*obg por me linkares :)

Anónimo disse...

N é a saliva dos cães (devidamente vacinados, claro) q ajuda a curar as feridas? Temos d procurar algum canito!!! Entrtt, eu posso dar umas lambidelas nesse coração! Pode ser q, mm q n cure, ajude a passar a dor! :)

Anónimo disse...

maravilhoso...
parece ser sido abanada, no verdadeiro sentido da palavra quando li este texto... adorei

Anónimo disse...

maravilhoso...
parece ter sido abanada, no verdadeiro sentido da palavra quando li este texto... adorei